Dialogue + Dialoog + 對話 + Dialog + Диалог + Διάλογος + 대화

[do grego diálogos, pelo latim dialogus] – 1. Entendimento através da palavra, conversação, colóquio, comunicação. 2. Discussão ou troca de idéias, conceitos, opiniões, objetivando a solução de problemas e a harmonia. [dialogosentrearteepublico@gmail.com]

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Mulheres: ocidentais e orientais
Taciana Durão Leite Caldas


Antigamente, a grande maioria das mulheres só iniciava sua vida sexual após o casamento. Em geral, seus maridos já haviam tido experiências sexuais, muitas vezes em relações sem afeto. Hoje em dia, o acesso às informações sobre sexo melhorou bastante. Além disso, os costumes em relação ao namoro e às atividades sexuais estão mais liberados, principalmente, nas grandes cidades e em populações de baixa renda.

Essa maior liberdade sexual vem apresentando, hoje em dia, uma outra conseqüência: está aumentando o número de adolescentes grávidas, e a gravidez está acontecendo cada vez mais cedo na vida das meninas. Isso pode ocorrer por falta de informação sobre os métodos anticoncepcionais. Mas, segundo Osny Telles, no seu livro Começo de Conversa, Orientação Sexual,

(...) ocorre também porque muitas adolescentes estão andando tão depressa, que mesmo tendo informação, não têm maturidade para compreender o risco de ficar grávida e as conseqüências que isso trará para sua vida: ter que cuidar o tempo todo que depende de você. Com os meninos que se tornam pais precoces, o mais comum é que eles não aprenderam que o risco da gravidez também é seu problema e preferem deixar que a menina se preocupe sozinha. (MACHADO, 1993:51)

Eu estava arrumando as mesas para iniciar uma aula e um grupo de cinco alunas, todas com aproximadamente 14 a 16 anos, ofereceramse para ajudar. Todas elas cursavam o 2º ano do 4º ciclo e, enquanto arrumávamos, começamos a conversar. Elas comentavam sobre uma colega que tinha deixado de estudar por ter dado à luz uma criança e precisava tomar conta do filho. O pai da criança tinha sido visto na noite anterior em uma praça “agarrando” outra garota, sem importar-se com o filho recém nascido. Em seguida, começaram a conversar sobre seus namorados, a maioria “ficantes”. Na conversa, elas relataram momentos de intimidade entre eles, sem o menor pudor, querendo mostrar qual namorado era mais dedicado e como eles não tomariam a atitude de abandoná-las caso engravidassem. Percebi claramente na conversa que elas não descartavam a idéia da gravidez e não tinham a menor noção da responsabilidade de criar uma criança.

Essa conversa me assustou, pois me colocou frente a frente com a gravidez na adolescência, questão social importante para a estabilização de uma das células mais importantes da sociedade, a família. Célula essa que está, de certa forma, desestabilizando o papel da escola.

Procurei, então, recursos que, através da arte, pudessem orientar os alunos sobre esse tema e lembrei-me do filme Pollock (2000). Além de apresentar a arte moderna, poderíamos debater sobre a conduta de sua esposa Lee, mulher emancipada, dona de sua vida, que deixa tudo para viver em função do seu amado e, apesar de toda a dedicação, com firmeza de propósito e de caráter, abdica de gerar filhos pela consciência da vida que levavam.

Durante esse tempo, estavam acontecendo as capacitações no Instituto Ricardo Brennand (IRB). Uma delas foi sobre o orientalismo, tema pelo qual me apaixonei, pois abriu horizontes para que as idéias se estruturassem e, assim, eu pudesse organizar as etapas desse projeto. Dessa maneira, pude encaixar o que estava querendo trabalhar e oferecer informações sobre a atualidade, às quais os alunos poderiam assistir em programas televisivos, como noticiários ou que poderiam ler em qualquer jornal. Também pude apresentar-lhes conteúdos de outras áreas.

Continuei, após o filme, transpondo para a sala de aula os conhecimentos adquiridos durante a capacitação. Iniciei elucidando a localização geográfica do Ocidente e do Oriente, falei sobre as congruências e diferenças culturais e as últimas relacionadas à área geográfica. Apresentei dois mapas: um sobre o Oriente Médio, outro sobre a Ásia. Neste último mostrei a localização do Extremo Oriente relatando que, apesar de estar localizado no mapa na parte oriental, possui grandes diferenças culturais em relação ao Oriente Médio. Foi redigido um texto, no quadro, e pedi aos alunos que eles copiassem para um maior aprofundamento do estudo.

Em seguida, foquei os aspectos religiosos que dão origem aos aspectos culturais do Oriente Médio. Falei um pouco sobre o Islamismo, o Afeganistão, o Alcorão, Maomé e os Mulçumanos. Finalmente, li para eles várias proibições feitas às mulheres do Oriente Médio, que seguem o Alcorão (livro sagrado, seguido pelos maometanos). Foram lidos 34 itens em sala de aula. Os que estão relacionados abaixo foram os que mais impressionaram os educandos.

- É absolutamente proibido às mulheres qualquer tipo de trabalho fora de casa, incluindo professoras, médicas, enfermeiras, engenheiras etc.
- É proibido às mulheres andar nas ruas sem a companhia de um “nmahram” (pai, irmão ou marido).
- É proibido ser tratada por médicos homens, mesmo que em risco de vida.
- É proibido o estudo em escolas, universidades ou qualquer outra instituição educacional.
- É obrigatório o uso do véu completo (“burca”) que cobre a mulher dos pés à cabeça.
- É proibido qualquer tipo de maquilagem (foram cortados os dedos de muitas mulheres por pintarem as unhas).
Fonte: Revista Notícias Magazine, 21 de Outubro de 2001.

É importante frisar que não existe a intenção de fazê-los aceitar ou não as proibições Orientais em nossa cultura, mas que através desses fatos eles percebam como as diversas sociedades vêem a mulher e como a nossa sociedade apresenta a mulher Ocidental.

Apesar de evidenciar o tempo todo que se trata de uma questão cultural daquele povo, e que, nos dias de hoje, já não existe esse rigor, devo ressaltar que os educandos da oitava série se colocaram nos debates, opinando como essas regras são absurdas e inviáveis. Repudiaram ao extremo a submissão das mulheres em relação à religião. Os próprios alunos homens se colocaram contra as tais proibições, mesmo conscientes de que todas essas regras fazem parte da religião e da cultura deles.

Dando seqüência aos debates, abordamos os temas sobre os haréns. Foi explicada a verdadeira função dos haréns, de onde vêm as mulheres que lá moram, e qual o interesse do Sultão nessas mulheres. Quem são os Eunucos e sua função nos haréns e quais são os seus objetivos em entrar para um harém. Enfim, procurei abordar tudo o que fosse possível para abranger a maior quantidade de conteúdos sobre os haréns.

Depois de ter conhecido todas as proibições em relação às mulheres do Oriente Médio e refletido em debates sobre o comportamento da mulher Ocidental, em relação à sua vida e de sua família, pedi aos educandos que formassem grupos de quatro alunos e escrevessem um texto com, no mínimo, 15 linhas, respondendo à seguinte pergunta:

Para você qual seria a mulher ideal?


Tivemos um total de oitenta e quatro alunos entregando seus depoimentos e sem esquecer que eles estavam agrupados. Portanto, na nossa pesquisa, todos os dados de um texto têm seu resultado multiplicado por quatro.



Ideal de mulher é aquela que:

Quantidade de respostas

Ideal de mulher é aquela que:

Quantidade de respostas

É fiel ao marido.

44 alunos

É mãe batalhadora.

08 alunos

É dedicada à família.

44 alunos

Que tem senso de humor.

08 alunos

É carinhosa, sincera e humilde.

20 alunos

Ajuda o seu homem.

08 alunos

Adquire o respeito de sua rua.

24 alunos

Sabe cozinhar.

04 alunos

É aquela que pega o homem certo.

12 alunos

Obedece e ajuda.

04 alunos

Sabe valorizar o pouco que tem.

08 alunos

Sabe fazer de tudo um pouco.

04 alunos



Sabe dar amor, cuidar e dar confiança.

04 alunos

Obs.: Em cada texto foram abordadas mais de uma das respostas acima.

Após ter passado pela análise da conduta de Lee, no filme Pollock, seguindo os ensinamentos e reflexões sobre o Orientalismo, chegou a hora de inserir o tema gravidez na adolescência. Através de um novo debate, pedimos aos alunos que respondessem à seguinte pergunta:

Imaginem duas adolescentes, ambas com 15 anos, uma oriental, residindo no Afeganistão, e a outra ocidental, grávida, residindo no Brasil. Qual das duas vai possuir mais liberdade?

Realmente o debate gerou grande polêmica, porém a maioria dos educandos chegou à conclusão de que uma das formas de uma adolescente perder a liberdade é gerando um filho sem condições de criá-lo. Algo também percebido entre eles foi o fato de o pai da criança, normalmente, não assumir suas responsabilidades, sendo um item que também tolhe ainda mais a liberdade da mãe da criança, diferente do homem do Oriente, que assume sua família, sendo isso um ponto de honra para eles.

Chegou o grande dia em que 50 alunos de 5 turmas de oitava série foram escolhidos para visitarem o IRB. Os alunos foram divididos em dois grupos, que se alternaram na visita, cujos temas foram Orientalismo e Mitologia.

Eles ficaram extasiados. A maioria nunca tinha visitado o Instituto, e a eloqüência dos mediadores do IRB ajudaram aos alunos a cristalizarem tudo o que haviam aprendido em sala de aula.

Voltando para a escola, montamos uma oficina de pintura em tela. As telas foram conseguidas junto às escolas particulares. As tintas e pincéis, os alunos e a diretora da escola Maria Sampaio de Lucena colaboraram. Pedi aos educandos que transpusessem para as telas o que mais os impressionou em tudo que foi estudado em sala de aula e no IRB. Vale salientar que o projeto foi aplicado com todos os alunos das cinco oitavas séries, não apenas com os alunos que visitaram o Instituto.

O resultado das pinturas foi único. Eles normalmente dividiam a tela em duas partes. Em uma delas retratavam um elemento da cultura Ocidental e na outra, eles pintaram o mesmo elemento visto na cultura oriental. Apesar de ver retratada, em uma simples tela, a gravidez na adolescência, sabemos que o tema Orientalismo e a construção dos textos visuais com esse tema fizeram os educandos refletirem mais sobre a liberalidade em seus relacionamentos amorosos.

O projeto apresentou situações dicotômicas que nos faz refletir o porquê da sociedade encaminhar-se para algumas situações difíceis. Inicialmente, os educandos, em debate, repugnaram a forma como as mulheres do Oriente Médio são tratadas, não aceitaram a sua falta de liberdade, entretanto, em seus textos, a maioria dos educandos escreveu que a mulher ideal é aquela que segue uma linha de submissão ao marido, é dona de casa, fiel a seu marido, tendo que ter bom humor e compreensão para com tudo e com todos.

Ou seja, eles não aceitam os exageros (para nós ocidentais) e a forma proibitiva a que as mulheres orientais têm de submeter-se, porém eles aprovam à submissão da mulher ocidental em relação a seu marido e à sua família, colocando, quase em sua totalidade, a mulher como mãe. Partindo dessa análise, podemos considerar que 90% das meninas que participaram do projeto se percebem mães, vêem-se cuidando do lar e de seus filhos, portanto já é de se esperar que elas não percebam a gravidez precoce e sem estrutura como algo que vai atrapalhar seu futuro. Pois, mesmo que elas se percebam mães no futuro, expressam nos textos que a mulher ideal é aquela que sabe valorizar o que tem, ajuda o seu homem, sabe cozinhar, obedece e ajuda, é aquela que pega o homem certo. Sendo assim, demonstram total resignação em relação ao futuro que vislumbram.

Em seus depoimentos durante os debates, os adolescentes demonstram e atuam como seres acomodados que estão acostumados com o que lhes acontece e não procuram ter persistência para sair da inércia e ir buscar vida melhor.

Assim, unindo esse conjunto de fatores - sociedade, sistema educacional, falta de ideal por parte dos educandos - a perspectiva de conscientizar os adolescentes, no sentido de pensar em seu futuro, atinge a pouquíssimos alunos. É um trabalho lento como passos de formiga, do qual só veremos resultado em longuíssimo prazo.
__________
Referências Bibliográficas
MACHADO, Osny Telles Marcondes. Começo de Conversa – Orientação Sexual – 1ª Edição- São Paulo – Ed. Saraiva – 1993.
BUORO, Anamélia Bueno. Olhos que pintam – a leitura da imagem e o ensino da arte – 2ª edição – São Paulo: Educ / Fapesp / Cortez – 2003.
CANTON, Kátia. Retrato da Arte Moderna – Uma História no Brasil e no Mundo Ocidental (1860- 1960) – 1ª Edição – São Paulo – Ed Martins Fontes – 2002.
Apresentação do MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: temas transversais. Secretaria de Educação – Brasília. 1998.
BARBOSA, Ana Mae (Org). Arte/Educação Contemporânea, Consonâncias Internacionais. – 1ª Edição – São Paulo – Cortez Editora – 2005.

Sites Pesquisados
www.wikipedia.org/wiki/orientalismo
www.sapere.it/tca/minisite
www.theosophy.ca/theosophical.ws/Portuguese/OrienteOcidenteAB.htm
www.br.geocites.com/geografiadooriente/atual/limites
www.br.geocites.com/geografiadooriente/glossário

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ISSN da publicação Dialogos entre Arte e Público

1983-9960

Relembrando o 3o. Encontro Diálogos entre Arte e Público - 2008 - IRB

O 3o. Encontro Diálogos entre Arte e Público, organizado por André Aquino (Gerente de Serviços de Formação em Artes Visuais da Fundação de Cultura Cidade do Recife) e tendo como equipe Gabriela da Paz, Mércia Siqueira, Cristiane Mabel Medeiros e eu, aconteceu de modo muito gratificante.

Houveram mesas redondas, laboratórios metodológicos, videocasos e uma publicação.

Os palestrantes (Alemberg Quidins/CE, Stela Barbieri/SP, Juliana Prado /RJ, Cayo Honorato/SP, Zozilena Froz/PI, Narciso Telles/MG e Fernado Azevedo/PE) expuseram seus pontos de vistas (no auditório da Universidade Católica de Pernambuco, um de nossos apoiadores) trazendo-nos questionamentos válidos para repensarmos sobre nossas práticas tornando assim a possibilidade de diálogos com o público presente.

Os laboratórios metodológicos foi uma ação pensada por Nara Galvão, Joana D'Arc (Administradora e Coordenadora geral do educativo, consecutivamente, de um de nossos apoiadores, o Instituto Ricardo Brennand) e André Aquino como modo de experimentarmos na prática os discursos de nossos palestrantes Narciso Telles, Juliana Prado, Cayo Honorato e Zozilena Froz que se dividiram com grupos de participantes pelos espaços expositivos do museu citado e dialogou a prática com o público a partir das experiências das pesquisas/ações de cada um.

Os videocasos foram mostrados no último dia e se trataram de vídeos feitos pela Gabriela da Paz, de curta duração (de 4 a 7 minutos cada), que mostram ações que acontecem aqui na cidade do Recife e que lidam com as diversas linguagens artísticas travando o diálogo entre a Arte e a cidadania com as crianças e adolescentes.

Como tem sido desde o primeiro encontro, trabalhamos sempre em cima da frase "(...) dos diálogos que temos, aos diálogos que queremos (...)", e a publicação Caderno de Textos Diálogos entre Arte e Público não podia de estar de fora desse discurso. Como editor acidental, posso assim dizer convidamos profissionais de áreas diversas como História, Comunicações, Antropologia, Música, Circo, Pedagogia, Teatro, Sociologia, Museologia e Arte/Educação para dialogar suas experiências. Afinal, encontramos conexões e até possíveis soluções, para as nossas articulações dialogais entre a arte e o público em cada elemento que nos cerca presentes nas diversas áreas.

Para conhecer os videocasos, ler os artigos, os ver algumas imagens do evento, vocês podem acessar esse blog que criamos divulgando notícias e tendo o material sempre on-line.

Abraços,
Anderson Pinheiro
Arte-educador

Relembrando o 4o. Encontro Diálogos entre Arte e Público - 2009 - MUHNE

O 4º Encontro Diálogos entre Arte e Público, aconteceu nos dias 05 e 06 de outubro de 2009 no Museu do Homem do Nordeste sob organização e coordenação de Regina Buccini (Gerente de Serviços de Formação em Artes Visuais da Fundação de Cultura Cidade do Recife) e Anderson Pinheiro (Articulador da Rede de Educadores em Museus de Pernambuco), a partir de projeto idealizado e organizado por André Aquino.

O encontro promoveu a discussão e a divulgação de pesquisas e experiências que vão ao encontro da potencialização do inter-relacionamento entre arte e público, reunindo profissionais que, atuando em diferentes contextos de mediação cultural, possuam trabalhos de referência na área.

Nesta edição, o encontro propõe o seguinte questionamento “Educadores entre museus e salas de aula: que diálogos são esses?”, a partir do qual busca refletir acerca das estratégias colaborativas que agregam tanto os educadores que atuam em instituições culturais, como os educadores cuja atuação se dá no campo da educação formal.

Com essa discussão pretende-se colaborar para a construção de novas e mais consolidadas parcerias entre esses atores, responsáveis pela dinamização da democratização cultural.

05 de outubro de 2009

| Laboratório Metodológico

Convidadas: Rejane Coutinho (SP) | Miriam Celeste (SP)

Sinopse: Debate informal sobre estratégias de mediação a partir do espaço expositivo do Museu do Homem do Nordeste. No laboratório, os participantes buscarão formas de dialogar com a exposição, mapeando limites e possibilidades dessa mediação em diferentes contextos.

| Primeiro Diálogo

Debate: Formação de educadores entre museus e sala de aula.

Partindo de algumas questões pertinentes quanto à formação do educador de museu/mediador cultural e do educador de sala de aula/professor, as suas principais queixas e as possibilidades de efetuar parcerias entre ambos, o Primeiro Diálogo será direcionado, através das experiências das palestrantes em conjunto com as vivências com o público no Laboratório Metodológico, na busca de uma visualização sobre quais os diálogos que são possíveis de serem executados entre as partes envolvidas. Tentando assim compreender quais os melhores meios de encontrar conexões de atividades/ações desses educadores e suas formações recebidas durante os encontros pedagógicos nos museus.

Convidadas: Rejane Coutinho (SP) | Miriam Celeste (SP)

Mediação: Joana D’arc de Souza Lima (PE)

06 de outubro de 2009

| Oficina: Mediações intermidiáticas em vivências estético-digitais.

Convidada: Fernanda Cunha (GO)

Sinopse: O objetivo da oficina é proporcionar experiências intermidiáticas através da inter-relação dos meios digitais e não-digitais como mediadores nas vivências estético-digitais.

| Laboratório Metodológico

Convidada: Renata Bittencourt (SP)

Sinopse: Debate informal sobre estratégias de mediação problematizando a inserção de recursos tecnológicos como campo de possibilidades de mediação em espaços expositivos a partir da nova exposição do Museu do Homem do Nordeste. No laboratório, os participantes buscarão formas de dialogar com a exposição, mapeando limites e possibilidades dessa mediação em diferentes contextos.




| Segundo Diálogo

Debate: Interseções entre mediação cultural e linguagens midiáticas

O uso recorrente das novas tecnologias no cotidiano tem nos levado a deparar com as possibilidades pedagógicas presente em seus processos dialogais. Por outro lado, percebemos como a inserção do uso dessas tecnologias como registro de visita a espaços museais e culturais tem transtornado as ações de mediação desses setores educativos. Às vezes, esses recursos tecnológicos fazem parte da própria expografia museográfica servindo como recurso propositivo de mediação. Partindo dessas situações o Segundo Diálogo pretende dialogar com as ações efetuadas tanto na Oficina como no Laboratório Metodológico sobre das novas tecnologias como recursos educacionais, seja no espaço escolar como no museal, refletindo sobre a possibilidade de utilizá-los como recursos propositivos complementar para a mediação/educação.

Convidadas: Fernanda Cunha (GO) | Renata Bittencourt (SP)

Mediação: Sandra Helena Rodrigues (PE)

| Lançamento da Publicação

Diálogos entre Arte e Público - Anderson Pinheiro (PE)

As idéias presentes nos diálogos de cada autor e autora demonstram, através de artigos, ensaios e relatos de experiências, ações que são possíveis de serem executadas pelos Educadores entre museus e sala de aula. Essa segunda edição da publicação foi organizada também com muito diálogo de modo que fosse possível invadir o lugar de cada um e construir um espaço coletivo que são aqui apresentados em quatro eixos, “Imagem e Tecnologia”, “Mediação e Arte Contemporânea”, “Educadores entre museus e sala de aula” e “A Criança e o Museu”.