Dialogue + Dialoog + 對話 + Dialog + Диалог + Διάλογος + 대화

[do grego diálogos, pelo latim dialogus] – 1. Entendimento através da palavra, conversação, colóquio, comunicação. 2. Discussão ou troca de idéias, conceitos, opiniões, objetivando a solução de problemas e a harmonia. [dialogosentrearteepublico@gmail.com]

Pesquisar este blog

.04
Apontamentos sobre a minúcia na mediação em museus
Nicole Cosh

As ressignificações que se passam entre obra e público, em que me vejo ora mediadora, ora público dessa relação, deixam-me intrigada no que concerne ao tipo de experiência que a obra e a mediação suscitam e de que forma isso se dá. Abordarei estas e outras inquietações nos apontamentos que se seguem, buscando pensar sobre algumas práticas e indicar caminhos para uma reflexão sobre a atividade educativa em museus e galerias de arte.

Minúcia
No “Ensaio sobre o conhecimento aproximado”, Gaston Bachelard (2004) aborda a construção do conhecimento científico, especialmente no caso das ciências exatas. O autor apresenta uma ciência dinâmica,
na qual as retificações no campo do conhecimento são a prova e o objetivo dessa dinâmica. Portanto, a retificação faz a ciência viva. A cada retificação, realizada pelo mesmo autor ou por outrem, o conhecimento
adquire novos significados, as aproximações.

Nas aproximações se constitui a dinâmica do conhecimento:

não se pode atribuir um papel de informação à sensação primeira. Ela é apenas um sinal, um convite, o pretexto da atenção e da reflexão. O conhecimento nasce apenas da multiplicidade e da combinação das sensações com as lembranças.(i)

À atenção e à reflexão da sensação primeira o autor coloca que são somados e retificados detalhes, minúcias que colaboram para uma maior objetividade da ciência.

Nas ciências exatas, Bachelard aponta a minúcia da relação pesquisador-fato. Para que a busca pelo fato ocorra, o autor cita Hamelin (ii), que afirma a necessidade de preparação do fato, através de sua busca pelo pesquisador. Isso se relaciona com o contato obra-público. Inicialmente, há o caminho até o museu, que pode ter sido ocasionado por um interesse pessoal da visita – por motivos vários – ou por uma programação específica de um grupo de turismo ou escolar. A partir daí, têm-se as sensações primeiras que a relação obra-público estabelece.

A estas, somam-se as referências que obra e público carregam consigo, permeadas por outras referências: mediação, museografia, ações propostas pelo educativo da instituição, memória do público, significados intrínsecos que a obra já traz.

No campo das ciências exatas, Bachelard aponta a minuciosidade das referências, o que também, a meu ver, pode ser visto no campo da arte. Obra e público relacionando-se e suas referências, que também se relacionam. A minúcia, então, “encontra-se como elemento afetivo o mero prazer da curiosidade”, portanto esse sentimento configura-se como “mínimo de afetividade para dar impulso à energia nervosa do conhecimento.” O autor conclui que “a minúcia anda junto com a complexidade das relações.(iii)

Considerando a mediação (e outras ações que ocorrem em instituições culturais) um movimento de busca pela minuciosidade das relações obra-público, ela deve agir como forma de aguçar a curiosidade – e especialmente a afetividade – pela arte, para uma aproximação mais ampla entre ambos, arte e público. Some-se isto à complexidade das relações, pois públicos e obras já carregam significados em si. Dessa forma, a mediação que permeia a relação obra-público deve fomentar a minuciosidade, tanto como elemento promovedor da curiosidade como também – e fundamentalmente – tecendo a teia das referências que obra e público contêm em si.

Minúcia e Mediação
Gostaria de citar um exemplo de atividade que buscou ampliar as relações que o público tece sobre as obras, no caso, as exposições do Projeto Trajetórias
(iv). À disposição dos visitantes, em pequenos cartões dispostos na galeria, havia as “Conexões para o Passeio”. Nos cartões havia questões concernentes à poética e à técnica das obras, formuladas a partir de pesquisas da coordenação, dos mediadores e de conversas com o artista. As Conexões eram um recurso complementar à visita, à disposição do público espontâneo das galerias, que na maior parte dos casos era composto por jovens e adultos.

Na exposição da artista catarinense Aline Dias, em que uma de suas obras consistiu em um minúsculo cubo contendo poeira acumulada do seu quarto, “Cubo de Poeira”, as Conexões para o Passeio provocaram no público reflexões acerca do tempo e de sua materialidade. “Como é possível guardar memórias em um lugar?” e “o tempo passa da mesma maneira para todas as pessoas?” foram alguns dos questionamentos feitos, como forma de ampliar e diversificar as vivências com a obra. Acerca da exposição do artista carioca Hugo Houayek, que abordava o suporte na pintura através de construções com lona e chassis (imagem acima), as Conexões para o Passeio promoveram embates entre a pintura consagrada historicamente e socialmente como tal e a obra do artista. “Além de pincéis e tintas, que outros materiais podemos usar para fazer uma pintura?” e “que relações podemos estabelecer entre cor e espaço?” foram questões que deixaram o público mais próximo das proposições do artista. Dessa forma, para um público espontâneo que eventualmente vem até a galeria, em muitos casos com pouco tempo para a visita, as questões das Conexões podem despertar outros aspectos da obra, e não apenas a sua visualidade, realizando outras experiências, além das estéticas, através das ressignificações.

Como se vê nessas experiências, utilizando simples cartões com perguntas, as ressignificações propostas pelas Conexões para o Passeio realizam um fluxo de minúcias, complementar à experiência estética já ocasionada pela obra. Relacionando este fluxo a Bachelard,

quando o objeto é reconhecido, devem-se fazer perguntas suplementares.Por mais familiar que seja um objeto, contém ainda ocasiões inesgotáveis de novas idéias, pois ele é sempre percebido num conhecimento mais ou menos aproximado.(v)

Dessa forma, nos encontros do público com o objeto do museu, por mais significados que este último tenha nos sistemas simbólicos nos quais se insere, sempre é passível de outras significações. A partir de reflexões propostas por diálogos promovidos pelo mediador, por atividades ou pelo próprio espaço museológico, o público, a meu ver, pode chegar às minúcias da obra, ocasionando assim as aproximações que creio serem necessárias para a experiência estética.

Um outro exemplo de aproximação através da minúcia é o Projeto Peça a Peça, no Instituto Ricardo Brennand – IRB . Essa atividade acontece mensalmente, desde 2006, e realiza oficinas, conversas entre mediadores e pesquisadores convidados, além de apresentaçõesculturais, a partir de uma obra do acervo. Neste caso, a minuciosidade configura-se nas diferentes vivências geradas com as proposições do projeto, que apresentam, além da obra, outros aspectos corporificados em atividades para o público.

Assim, no 16º Peça a Peça, cujo tema foi a obra “Lindóia”, realizamos diferentes atividades que podem ser consideradas como minúcias do quadro em questão. Trata-se de uma pintura a óleo realizada pelo português José Maria de Medeiros. Inspirado por um poema indigenista do século XIX de Basílio da Gama, o pintor executou a obra em 1882, e atualmente ela se encontra em exposição na Pinacoteca do IRB. Além da apreciação da pintura, houve uma representação do poema que inspirou o artista a realizá-la, no hall a instituição.
Após essa atividade, uma palestra ampliou as vivências do público com a obra, na qual Ruth Gouveia Gabino
e Eliana Barros abordaram, respectivamente, a pintura indigenista no século XIX e questões indígenas na atualidade, enfatizando a situação dos índios em Pernambuco. Para as crianças, a fruição da obra foi ampliada por uma oficina de cerâmica, realizada pelas arte-educadoras Cristiane Mabel e Flávia Costa. Finalizando a programação, o público pôde ver o documentário “Chicão Xucuru”.

Eliot Eisner (1999) aponta que, na relação com a arte, as pessoas fazem principalmente quatro coisas: “Elas vêem arte. Elas entendem o lugar da arte na cultura, através dos tempos. Elas fazem julgamentos sobre suas qualidades. Elas fazem arte.”(vii) A meu ver, todos esses movimentos baseiam-se na minuciosidade inerente a cada obra, bem como aos detalhes na relação obra-público, mediada pelas ações propostas pelas instituições. No caso do Peça a Peça, vê-se que nos encontros do público com o objeto do museu é sempre possível agregar minúcias às obras, ampliando assim seu campo de ressignificação e ocasionando outras experiências no público.

A minuciosidade na mediação configura-se, então, como um dos caminhos possíveis para a ressignificação das obras. Contudo, é inegável que nem sempre é possível promover todos os fazeres que Eisner propõe para o ensino de arte. Mas, se a minuciosidade de que tanto falamos está na relação público-obra, então uma conversa despretensiosa entre mediador e visitante, por exemplo, pode agregar outros significados aopúblico, promovendo então a experiência. Experiência aqui entendida conforme John Dewey (1980), pois entre espectador e arte,

sem um ato de recriação, o objeto não será entendido como obra de arte. O artista selecionou, simplificou, clarificou, abreviou e condensou de acordo com seu desejo. O espectador tem de percorrer tais operações de acordo com seu ponto de vista e seu próprio interesse. (...) Em ambos, há compreensão, em sua significação literal – isto é um ajuntar de minúcias e particularidades fisicamente dispersas em um todo experienciado. [grifo meu]


Portanto, creio que cabe ao mediador e às ações que a instituição promove esse ajuntamento de vivências – constituídas pelas minúcias e particularidades de cada objeto e situação de exibição – o qual provocará a experiência de que nos fala Dewey. O ajuntar reúne um fluxo de vivências que não necessariamente reclamam um fazer artístico, como propõe Eisner, mas, fundamentalmente, implicam novas significações da obra para o público. Como já disse, a conversa que o mediador pode ter com diferentes públicos pode levar à experiência, se esta conversa for pautada por um objetivo claro de promover uma reflexão pautada na minuciosidade. A partir dessas vivências e de suas próprias, as vivências se tornarão experiências estéticas.

Minúcia e Mediação: Aproximações
Chego, então, ao que me propus no início deste texto: refletir a minúcia na experiência estética. Dessa forma, que ela seja provocada pelo público, em sua busca pela arte; pelo mediador, em descontraídas – mas nem por isso ínfimas – conversas com o público; pelas instituições, através de suas ações. Assim, um fluxo de ressignificações entre obras e público provocará diferentes vivências para a experiência estética.

Mais do que uma prática complexa, proponho, finalmente, uma ação pautada na minúcia, no particular de cada público, de cada situação educativa no museu. Tempo e escuta do outro (em todas as partes envolvidas) talvez sejam a predisposição inicial para a experiência estética que nós, mediadores, poderemos provocar, quaisquer que sejam as condições que as instituições e o campo da arte forneçam.

Finalizo apontando um campo para retificações, a mediação. Posto que a construção de conhecimentos, por conseguinte de experiências, pode ser realizada através de aproximações, pela busca do detalhe, acada aproximação uma retificação ocorre. Dessa forma, como proposto por Bachelard, o que apresentei foi uma aproximação acerca da construção do conhecimento na relação público-obra. A partir daqui, espero que outras retificações sejam realizadas, através das reflexões de mediadores e ações educativas sobre sua prática, para novas aproximações das relações no campo da arte, em busca de promover diversificadas experiências estéticas.
__________
Referências
i
Bachelard, Gaston. Ensaio sobre o conhecimento aproximado. Tradução Estela dos
Santos Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto, 2004. p. 250.
ii Bachelard, Gaston. 2004, p. 248.
iii Bachelard, Gaston. 2004, p. 248 e 249.
iv Essa ação foi uma das atividades que promovi, junto a Neila Pontes, como coordenadora do Projeto Primeiro Olhar, da FUNDAJ, em 2006. Criado em 2000 por Cristiana Tejo, o projeto consiste em atividades educativas realizadas a partir das exposições do Trajetórias, que anualmente seleciona artistas contemporâneos para exposições nas galerias da FUNDAJ. Nesse projeto, criamos ações como: Passaporte para a Arte e Conexões para o Passeio, além dos jogos Cartões Relacionais e JogObjeto. Também incrementamos ações já existentes, como o Curso de Atualização em Arte Contemporânea para Professores, enriquecido com materiais educativos, propostas de atividades, imagens em transparência e textos da curadoria, nossos e dos mediadores. v Bachelard, Gaston. 2004, p. 262.
vi Essa é uma das atividades promovidas pela Ação Educativa e Cultural do IRB, com coordenação geral de Joana D´arc Souza Lima e coordenação pedagógica de Áurea Bezerra. Como arte-educadora da instituição, criei, junto a Albino Dantas, o Peça a Peça. A partir de então, outros mediadores e funcionários da instituição participam do projeto, bem como convidados de diversas áreas do conhecimento.
vii Eisner, Eliot. Estrutura e mágica no ensino da arte. IN: Barbosa, Ana Mae (org.). Arte-Educação: Leitura no subsolo. São Paulo: Cortez, 1999. p. 84.
viii Dewey, John. A Arte Como Experiência. Tradução Murilo Otávio R. P. Leme. 1980. p. 103-104.



Nenhum comentário:

ISSN da publicação Dialogos entre Arte e Público

1983-9960

Relembrando o 3o. Encontro Diálogos entre Arte e Público - 2008 - IRB

O 3o. Encontro Diálogos entre Arte e Público, organizado por André Aquino (Gerente de Serviços de Formação em Artes Visuais da Fundação de Cultura Cidade do Recife) e tendo como equipe Gabriela da Paz, Mércia Siqueira, Cristiane Mabel Medeiros e eu, aconteceu de modo muito gratificante.

Houveram mesas redondas, laboratórios metodológicos, videocasos e uma publicação.

Os palestrantes (Alemberg Quidins/CE, Stela Barbieri/SP, Juliana Prado /RJ, Cayo Honorato/SP, Zozilena Froz/PI, Narciso Telles/MG e Fernado Azevedo/PE) expuseram seus pontos de vistas (no auditório da Universidade Católica de Pernambuco, um de nossos apoiadores) trazendo-nos questionamentos válidos para repensarmos sobre nossas práticas tornando assim a possibilidade de diálogos com o público presente.

Os laboratórios metodológicos foi uma ação pensada por Nara Galvão, Joana D'Arc (Administradora e Coordenadora geral do educativo, consecutivamente, de um de nossos apoiadores, o Instituto Ricardo Brennand) e André Aquino como modo de experimentarmos na prática os discursos de nossos palestrantes Narciso Telles, Juliana Prado, Cayo Honorato e Zozilena Froz que se dividiram com grupos de participantes pelos espaços expositivos do museu citado e dialogou a prática com o público a partir das experiências das pesquisas/ações de cada um.

Os videocasos foram mostrados no último dia e se trataram de vídeos feitos pela Gabriela da Paz, de curta duração (de 4 a 7 minutos cada), que mostram ações que acontecem aqui na cidade do Recife e que lidam com as diversas linguagens artísticas travando o diálogo entre a Arte e a cidadania com as crianças e adolescentes.

Como tem sido desde o primeiro encontro, trabalhamos sempre em cima da frase "(...) dos diálogos que temos, aos diálogos que queremos (...)", e a publicação Caderno de Textos Diálogos entre Arte e Público não podia de estar de fora desse discurso. Como editor acidental, posso assim dizer convidamos profissionais de áreas diversas como História, Comunicações, Antropologia, Música, Circo, Pedagogia, Teatro, Sociologia, Museologia e Arte/Educação para dialogar suas experiências. Afinal, encontramos conexões e até possíveis soluções, para as nossas articulações dialogais entre a arte e o público em cada elemento que nos cerca presentes nas diversas áreas.

Para conhecer os videocasos, ler os artigos, os ver algumas imagens do evento, vocês podem acessar esse blog que criamos divulgando notícias e tendo o material sempre on-line.

Abraços,
Anderson Pinheiro
Arte-educador

Relembrando o 4o. Encontro Diálogos entre Arte e Público - 2009 - MUHNE

O 4º Encontro Diálogos entre Arte e Público, aconteceu nos dias 05 e 06 de outubro de 2009 no Museu do Homem do Nordeste sob organização e coordenação de Regina Buccini (Gerente de Serviços de Formação em Artes Visuais da Fundação de Cultura Cidade do Recife) e Anderson Pinheiro (Articulador da Rede de Educadores em Museus de Pernambuco), a partir de projeto idealizado e organizado por André Aquino.

O encontro promoveu a discussão e a divulgação de pesquisas e experiências que vão ao encontro da potencialização do inter-relacionamento entre arte e público, reunindo profissionais que, atuando em diferentes contextos de mediação cultural, possuam trabalhos de referência na área.

Nesta edição, o encontro propõe o seguinte questionamento “Educadores entre museus e salas de aula: que diálogos são esses?”, a partir do qual busca refletir acerca das estratégias colaborativas que agregam tanto os educadores que atuam em instituições culturais, como os educadores cuja atuação se dá no campo da educação formal.

Com essa discussão pretende-se colaborar para a construção de novas e mais consolidadas parcerias entre esses atores, responsáveis pela dinamização da democratização cultural.

05 de outubro de 2009

| Laboratório Metodológico

Convidadas: Rejane Coutinho (SP) | Miriam Celeste (SP)

Sinopse: Debate informal sobre estratégias de mediação a partir do espaço expositivo do Museu do Homem do Nordeste. No laboratório, os participantes buscarão formas de dialogar com a exposição, mapeando limites e possibilidades dessa mediação em diferentes contextos.

| Primeiro Diálogo

Debate: Formação de educadores entre museus e sala de aula.

Partindo de algumas questões pertinentes quanto à formação do educador de museu/mediador cultural e do educador de sala de aula/professor, as suas principais queixas e as possibilidades de efetuar parcerias entre ambos, o Primeiro Diálogo será direcionado, através das experiências das palestrantes em conjunto com as vivências com o público no Laboratório Metodológico, na busca de uma visualização sobre quais os diálogos que são possíveis de serem executados entre as partes envolvidas. Tentando assim compreender quais os melhores meios de encontrar conexões de atividades/ações desses educadores e suas formações recebidas durante os encontros pedagógicos nos museus.

Convidadas: Rejane Coutinho (SP) | Miriam Celeste (SP)

Mediação: Joana D’arc de Souza Lima (PE)

06 de outubro de 2009

| Oficina: Mediações intermidiáticas em vivências estético-digitais.

Convidada: Fernanda Cunha (GO)

Sinopse: O objetivo da oficina é proporcionar experiências intermidiáticas através da inter-relação dos meios digitais e não-digitais como mediadores nas vivências estético-digitais.

| Laboratório Metodológico

Convidada: Renata Bittencourt (SP)

Sinopse: Debate informal sobre estratégias de mediação problematizando a inserção de recursos tecnológicos como campo de possibilidades de mediação em espaços expositivos a partir da nova exposição do Museu do Homem do Nordeste. No laboratório, os participantes buscarão formas de dialogar com a exposição, mapeando limites e possibilidades dessa mediação em diferentes contextos.




| Segundo Diálogo

Debate: Interseções entre mediação cultural e linguagens midiáticas

O uso recorrente das novas tecnologias no cotidiano tem nos levado a deparar com as possibilidades pedagógicas presente em seus processos dialogais. Por outro lado, percebemos como a inserção do uso dessas tecnologias como registro de visita a espaços museais e culturais tem transtornado as ações de mediação desses setores educativos. Às vezes, esses recursos tecnológicos fazem parte da própria expografia museográfica servindo como recurso propositivo de mediação. Partindo dessas situações o Segundo Diálogo pretende dialogar com as ações efetuadas tanto na Oficina como no Laboratório Metodológico sobre das novas tecnologias como recursos educacionais, seja no espaço escolar como no museal, refletindo sobre a possibilidade de utilizá-los como recursos propositivos complementar para a mediação/educação.

Convidadas: Fernanda Cunha (GO) | Renata Bittencourt (SP)

Mediação: Sandra Helena Rodrigues (PE)

| Lançamento da Publicação

Diálogos entre Arte e Público - Anderson Pinheiro (PE)

As idéias presentes nos diálogos de cada autor e autora demonstram, através de artigos, ensaios e relatos de experiências, ações que são possíveis de serem executadas pelos Educadores entre museus e sala de aula. Essa segunda edição da publicação foi organizada também com muito diálogo de modo que fosse possível invadir o lugar de cada um e construir um espaço coletivo que são aqui apresentados em quatro eixos, “Imagem e Tecnologia”, “Mediação e Arte Contemporânea”, “Educadores entre museus e sala de aula” e “A Criança e o Museu”.